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Filhos dos anos 1980: saiba como a Geração Y compra e lida com o dinheiro
Posted by Roberto Fernandes Madeira Júnior
on
2.8.09
A palavra que resume o comportamento social dessa parcela da população é a "desconfiança"
31 julho 2009
SÃO PAULO - A Geração Y é filha dos anos 1980, a década chamada de "perdida", já que nasceu a partir desse período. Essa geração ainda era nova quando Michael Jackson gravou Thriller (1982) e quando caiu o Muro de Berlim (1989), mas tem fácil acesso a essas informações.
Isso porque, junto com o desenvolvimento desta geração, aconteceu a evolução da tecnologia. É por isso que muitos acreditam que a Geração Y é totalmente informatizada e fanática pela internet.
Mas uma pesquisa que será divulgada em agosto, a qual o InfoMoney teve acesso com antecedência, mostrou que essa parcela da população brasileira gosta mesmo é de contato pessoal, inclusive quando o assunto é dinheiro, compras e o seu orçamento.
Os desconfiados
De acordo com o publisher do Grupo Padrão, Roberto Meir, essa é a geração mais desconfiada da história, característica que determina a decisão de compra desta parcela da população brasileira.
"Essa geração vai fazer searching [pesquisa] para ver se a empresa é reclamada, confia em amigos e pessoas próximas para indicação de compra e não ouve especialistas, pois acredita que eles podem ter sido comprados".
E é por serem desconfiados que, na hora da compra, eles analisam cor, formato, qualidade e, muito mais do que isso, aspectos intangíveis, como se o produto tem assistência técnica, por exemplo.
A internet em suas vidas
Sobre o relacionamento com a internet, muitos pensam que a Geração Y vive para a rede, mas não é bem assim. De acordo com Meir, um exemplo clássico é que, se tiver de fazer uma reclamação contra uma empresa, eles não usam a web. Na verdade, eles recorrem ao telefone. "Eles pensam: se eu não respondo um e-mail, por que a empresa vai responder?".
E é por isso que as empresas que querem vender para essa parcela da população devem tomar cuidado com a publicidade. A Geração Y detesta banner, pop ups e tudo o que eles consideram atrapalhar a navegação. "A melhor mídia para conversar com eles é a TV".
Exatamente por essa relação com a internet que a Geração Y brasileira se diferencia da norte-americana. Lá no hemisfério norte, os filhos dos anos 1980 são realmente isolados, solitários, mais dependentes, usam mais computadores e celular, principalmente o SMS. "As pessoas aqui não são movidas por tecnologia. A vida social é muito forte".
Consumo e dinheiro
Esse clamor por vida social também determina os hábitos de consumo da geração. Para eles, uma compra no shopping é um evento social. Por isso e pelo fato de serem desconfiados, a internet é mais uma aliada ao realizar uma compra do que o meio pelo qual se adquire um produto ou serviço.
Em relação às compras, eles influenciam as de alimentos e roupas em suas casas e, nas de eletroeletrônicos, a decisão final é deles.
Quando o assunto é dinheiro, a Geração Y se mostra bastante conservadora. Planeja-se, poupa e, principalmente, herda os costumes dos pais, principalmente no que diz respeito aos investimentos.
SÃO PAULO - A Geração Y é filha dos anos 1980, a década chamada de "perdida", já que nasceu a partir desse período. Essa geração ainda era nova quando Michael Jackson gravou Thriller (1982) e quando caiu o Muro de Berlim (1989), mas tem fácil acesso a essas informações.
Isso porque, junto com o desenvolvimento desta geração, aconteceu a evolução da tecnologia. É por isso que muitos acreditam que a Geração Y é totalmente informatizada e fanática pela internet.
Mas uma pesquisa que será divulgada em agosto, a qual o InfoMoney teve acesso com antecedência, mostrou que essa parcela da população brasileira gosta mesmo é de contato pessoal, inclusive quando o assunto é dinheiro, compras e o seu orçamento.
Os desconfiados
De acordo com o publisher do Grupo Padrão, Roberto Meir, essa é a geração mais desconfiada da história, característica que determina a decisão de compra desta parcela da população brasileira.
"Essa geração vai fazer searching [pesquisa] para ver se a empresa é reclamada, confia em amigos e pessoas próximas para indicação de compra e não ouve especialistas, pois acredita que eles podem ter sido comprados".
E é por serem desconfiados que, na hora da compra, eles analisam cor, formato, qualidade e, muito mais do que isso, aspectos intangíveis, como se o produto tem assistência técnica, por exemplo.
A internet em suas vidas
Sobre o relacionamento com a internet, muitos pensam que a Geração Y vive para a rede, mas não é bem assim. De acordo com Meir, um exemplo clássico é que, se tiver de fazer uma reclamação contra uma empresa, eles não usam a web. Na verdade, eles recorrem ao telefone. "Eles pensam: se eu não respondo um e-mail, por que a empresa vai responder?".
E é por isso que as empresas que querem vender para essa parcela da população devem tomar cuidado com a publicidade. A Geração Y detesta banner, pop ups e tudo o que eles consideram atrapalhar a navegação. "A melhor mídia para conversar com eles é a TV".
Exatamente por essa relação com a internet que a Geração Y brasileira se diferencia da norte-americana. Lá no hemisfério norte, os filhos dos anos 1980 são realmente isolados, solitários, mais dependentes, usam mais computadores e celular, principalmente o SMS. "As pessoas aqui não são movidas por tecnologia. A vida social é muito forte".
Consumo e dinheiro
Esse clamor por vida social também determina os hábitos de consumo da geração. Para eles, uma compra no shopping é um evento social. Por isso e pelo fato de serem desconfiados, a internet é mais uma aliada ao realizar uma compra do que o meio pelo qual se adquire um produto ou serviço.
Em relação às compras, eles influenciam as de alimentos e roupas em suas casas e, nas de eletroeletrônicos, a decisão final é deles.
Quando o assunto é dinheiro, a Geração Y se mostra bastante conservadora. Planeja-se, poupa e, principalmente, herda os costumes dos pais, principalmente no que diz respeito aos investimentos.
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