Já pensou em investir em ações de empresas americanas?
O analista da Wintrade, José Góes, também acredita que a Bovespa acertou em cheio nessa jogada. “Essa mudança deve gerar bastante liquidez, e representa mais um nicho para o investidor explorar dependendo do humor de cada mercado”. Ele explica que este ano, por exemplo, a Bolsa americana está subindo mais do que a nossa, portanto, apesar da Bovespa ter um bom up side, nem sempre é mais vantajoso colocar todas as fichas aqui.
E as empresas brasileiras? - Na opinião de Conrado Navarro a novidade não representa concorrência para as empresas nacionais. “A opção de investir em BDRs de empresas estrangeiras aumenta a possibilidade de diversificação, não substitui as empresas nacionais. Nosso mercado tem um número absoluto de empresas pequenas quando comparado a grandes mercados internacionais, logo a abertura não é para concorrer, mas para oferecer novas alternativas”, explica.
Como vai funcionar:
• As ações chegarão ao nosso pregão através do banco alemão Deutsche Bank, que toma o lugar das empresas emissoras dos papéis. Como o banco entra como um intermediário nessa história, pessoas físicas não poderão comprar as ações diretamente, por isso, terão que contar com um fundo para realizar a operação. Mas como tudo no mercado de ações tem se tornado cada vez mais tecnológico, analistas acreditam que este seja o primeiro passo para que os BDRs, no futuro, venham a ser negociados via homebrokers também.
• No começo, os investidores terão passe livre apenas para adquirir alguns papéis de 10 companhias americanas, mas o objetivo é, com o tempo, ampliar o leque de países. A BM&F já acenou que novas empresas serão listadas no segundo semestre, inclusive com concorrência para escolha da instituição que fará a estruturação das ofertas.
• Essa novidade vai facilitar principalmente a vida dos pequenos e médios investidores, já que hoje é bem complicado para eles ter acesso ao mercado internacional. Existem atualmente duas formas de proceder: a primeira é abrindo uma conta lá fora e arcando com todo processo burocrático, e a segunda é operar o capital através de banco, fazendo contratos e utilizando a instituição como um intermediário, mas esta opção só está ao alcance de grandes investidores. Com os BDRs, a situação começa a mudar!
Conheça um pouquinho das principais empresas que devem fazer parte da operação:
APPLE - A revolucionária empresa do mundo digital cria e desenvolve sistemas operacionais próprios, e respectivos sistemas de hardware e software, oferecendo produtos consumidos no mundo todo. No pregão do dia 29 de abril suas ações (APPL) na Nasdaq apresentaram queda de 0,85% % (a USD 266.35).
GOOGLE - Certamente essa empresa já faz parte de sua vida digital, e brevemente também poderá fazer parte da sua vida financeira. Uma das marcas mais famosas do mundo, o Google construiu seu império principalmente através da receita gerada com publicidade online, promovendo produtos e serviços com anúncios direcionados. Nesta sexta-feira (30/04), os papéis da companhia (GOOG) na Nasdaq registravam ganhos de 0,37% (a USD 533,97).
MC DONALD´S - O carro chefe da companhia é a famosa rede de fast-food presente em mais de 100 países ao redor do mundo. Os restaurantes são administrados pela empresa, por afiliados, licenciados e empresários que de forma independente detém uma franquia. Esse sistema contribui para a geração de receita através do pagamento de aluguel e royalties. No decorrer do pregão do dia 30 de abril, as ações (MCD) da companhia acumulavam perdas de 0,92% (a USD 70,86) na Nasdaq.
PFIZER - A tradicional empresa da área farmacêutica desenvolve medicamentos para a saúde humana e animal. Os papéis da Pfizer negociados na Nasdaq (PFE) no pregão da última sexta-feira apresentavam ganhos de 0,46% (a USD 16,93).
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